sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sintonia

Recebi este carinho, da minha amiga portuguesa, a poeta Emilia Soares (Emely)
a quem envio o meu carinho imenso e beijos, no coração.
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De longe me chega o afago
palavras escritas do âmago,
Alma sentida, que me conforta,
Sorriso dócil que me importa.
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Num sentir da distância que conforta
Assim minha amiga Lice me transporta
Num mundo mágico, palavras que travo
No imaginário poético, minha alma adoça.
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Dedicado a Lice Soares
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VVisitem-na:
http://www.emely.blogspot.com

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sonhar

Por estar aqui, neste lugar,
Não me custa sonhar
Que minhas asas estão abertas
E o meu voo galgará os céus.
.
Por estar, aqui, em silêncio,
Nada me custa imaginar
Que o sussurrar do vento
É cantos em noites de luar.
.
Que as estrelas desceram
E chamam-me de amiga,
Que as folhas balançam a me sorrir,
Custa-me sonhar?
.
Posso sonhar com bandos de andorinhas,
Pardais, bem-te-vis, beija-flor,
Dançando ao meu redor,
Sem nenhum temor, sem quererem fugir.
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Que me custa sonhar com o mundo,
Cercado de Amor e Paz,
Com filmes estampados em cartazes,
Proclamando o tempo feliz?
.
Que eu sonhe, então, todos os sonhos,
Com cirandas e meninos risonhos,
Brincando no meio da praça,
A cantar e a sorrir.
.
Que eu sonhe com a família reunida,
Contando histórias antigas,
E vovó dizendo-me, severa,
Para eu parar de rir.
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Que eu sonhe que um arco íris
Desceu, devagarinho, do céu
E ofereceu uma flor para mim.
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Que eu sonhe com janelas descerradas,
Fadas encantadas,
Com gente feliz, pelas praças
Gritando e dançando para mim.
.
Que eu sonhe que sou, simplesmente, feliz,
Habitante de um mundo feliz,
Reino de Paz e alegria
E de homens e mulheres gentis.
.
De homens e mulheres que cantam,
Que dormem com as árvores,
Despertam com as flores
E trazem os raios de sol
Em sorrisos eternos, sem fim.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Chega a Noite

Chega a noite.
E o silêncio sucede o tumulto
E retoma-me, em seus braços.
.
Chega a noite, repleta de quietude
E me lança na profundeza dos pensamentos,
Que, cheio de saudades, ausente de palavras,
Solta as correntes e voa.
.
E, entre o despertar dos sonhos
E o retorno à realidade, encontro-te.
Recoberto de distâncias,
Repleto da saudade que nos envolve.
.
E, por entre a distância que nos separa,
Estende-me a mão cálida.
Abre-se em abraços os nossos corações,
Sedentos de nós dois.

segunda-feira, 27 de julho de 2009







Selos gentilmente concedidos, pelo amigo,
Whesley Fagliari



É a poesia em andamento, espalhando a amizade e
s solidariedade entre os seus.
Neruda disse que a Poesia é "um ato de Paz"
Acresento eu: e de Amor.










domingo, 26 de julho de 2009

Eu quero...

Regressar,
Retornar,
Voltar para o lugar
De onde vim.

Ouvir o som da Paz,

O cântico do Amor,

Despertando cada dia.

O soar da esperança,

Espalhando a vida... alegria

E os sonhos sonhados,

Caminhando realizados,

Por entre os verdes prados

A proclamar o existir.


Cantar

.
Quero cantar um canto
De esperança.
Quero mergulhar a minha alma,
Na fé que não se finda,
Na certeza que me permite essa fé.
.
Quero cantar um canto
Que transponha os limites do mundo,
Ultrapasse todas as fronteiras
E chegue ao coração do meu Deus.
.
Quero cantar um canto
Que chegue ao céu,
Que se faça luz
Que se faça força e fé,
Que se faça emoção,
No coração de quem precisa ouvir.
.
Quero cantar um canto n0vo
Capaz de chamar a atenção
do meu Criador.
Quero cantar um canto, sim,
Um canto de clamor e de louvor,
Para Ti, meu Senhor!
.
Quero cantar um canto
Que Te faça ouvir-me,
Escutar o meu lamento,
Ouvir a minha oração
E olhar para mim.
.
Quero cantar um canto
Que, ao te encontrar,
Alcance-me o teu perdão
E traga o teu Amor para mim.
.
Quero um canto
Que me faça ser, inteiramente Tua,
Meu Senhor.
Entender os Teus caminhos,
Sentir o Teu sentir
E viver o teu amor...
Eu quero!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Desejos

Quisera eu curar todas as dores do homem,
Ensiná-lo a ser menos infeliz,
A encontrar a simplicidade
E sorrir.
.
Quisera escrever-lhe versos
Que escoassem por todo o seu ser,
E lhe sarassem todos os desgostsos
E fizessem-lhe todos os erros desaprender.
.
Quisera ensinar ao homem
A atingir o coração de Deus,
A conquistar tudo o que se perdeu...
Mas, como? Quem sou eu?
.
Eterna aprendiz,
Reaprendendo para aprender,
Sequer aprendi, ainda,
A conquistar os sonhos meus.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Natureza

Deus construiu a Natureza como quem constrói
um templo sagrado do saber. E nomeou cada elemento, desde a folha que balança contra o vento até o menor dos animais restejantes, um instrutor.
Há, em cada elemento, em cada som, em cada movimento, um aprendizado a ser absorvido.
O problema é que nem todo homem tem a sede do filósofo ou o coração do poeta.
Não querem aprender, o conhecimento absorver.
E continuam assim, caminhando cegos e nus, longe do crescimento, lado a lado com o fingimento, rumo ao nada.

Quando a Aurora Chegar

Quando a aurora chegar,
Abrirei as janelas,
Deixarei o vento entrar
E libertar o véu dos sonhos antigos.
.
Quando a aurora chegar,
Deixarei entrar a brisa mansa,
A regar os novos sonhos
E conduzi=los a caminhos férteis,
Com sentido.
.
Quando a aurora chegar,
Abrirei as janelas e deixarei o vento entrar,
Fazer zumbido no meu ouvido,
Acariciar o meu rosto
E beijar-me o corpo inteiro.
.
Quando a aurora chegar,
Despertarei
Para abrir outros caminhos,
Expulsar sussurros e alaridos
E ouvire a voz do vento,
Dizendo-me
Que já é hora.
.
De regressar, de caminhar,
De conquistar
E reconstruir o que ficou
pelo caminho...
Perdido.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Descrição


Sou um silêncio falante
Que, na inquietude da noite,
Revela aspirações e esperanças
E, em suave melodia,
Em versos confia
Segredos e intentos.
.
Sou um poema que se foi
E.levado pelo vento,
Pousa silencioso,
Como o murmúrio das flores,
Cedendo os seus temores
Ao canto dos pássaros,
Aos pensamentos da lua.
.
Sou gemido de paixão e saudade,
Despertando, no coração do poeta,
Desejos de versejar.
.
Sou revolta e indignação,
A buscar, na sombra do passado,
Sentir as carícias deste silêncio
para suportar os temores da escuridão.
.
Sou pássaro gritante, sob um galho,
Solitário, em inclinações,
Sonhando e delineando,
Sob o som da sua alma que ama
Todas as suas emoções.
.
Sou alma melancólica,
A buscar, Na Natureza,
A origem da sua Razão
E que racionaliza apenas para sentir
A luz das suas alegrias,
na aurora de cada dia,
No despertar de cada manhã.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Querer

Na palma da mão,
Coloco o sonho.
Na palma da mão,
Espero, outra vez.
.
Princípio de espera e encanto,
Sonhos e desencantos,
Ponho-me a caminhar.
.
Caminho, caminhante, caminhando,
Em direção ao encontrar.
Caminho longo, dura caminhada...
Dúvidas: seguir, voltar...
.
Pedras no caminho, tropeços,
Cair, insistir, levantar.
E os sonhos, na palma da mão,
Resistindo, insistindo, querendo
Concretizar-se.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Dona Tezinha

Tu, pequenina,
És, para mim, árvore frondosa
Vasta, viva, majestosa,
A embelezar o meu jardim.
.
Teus galhos fortes, viçosos,
Sustentam-me,
Eu, fruto, folha,
Dependente de ti.
.
E tuas raízes profundas,
Tão fortes, fecundas,
Fincadas, no solo do meu coração,
Não deixam afastar-me de ti.
.
Alimenta-me, sustenta-me,
Na vida, recria a vida
Eu, parte de ti!
.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Outrora

Outrora fui pássaro livre
Que se movia por entre as nuvens,
Pairava no espaço
E buscava, sempre, a árvore mais alta.
.
Outrora, como pensamento, percorri sozinha
Os limites do tempo
E encontrei homens bons
E encontrei homens maus.
.
Outrora, entre o voo e o pouso,
Perdi a minha liberdade
E, aprisionada, cantei cânticos sofridos,
Canções choradas,
Enaltecendo os meus algozes.
.
Outrora, reconquistei a minha liberdade,
Quebrei as cadeias
Que me algemavam a alma
E voei.
.
Outrora, pousei em mar aberto,
Conversei com baleias, sereias
E, entre ondas agitadas,
Fui amiga do mar.
.
Outrora, aceitei a paixão.
Entreguei o meu coração
Mas, ao sentir o entardecer,
Novamente abri as asas
E quis voar, voar, voar...
.
Abri novamente as asas,
Movendo-me como águia,
Entre as montanhas e as noites,
Buscando abrigo encontrar.
.
Com pálpebras firmes,
Agarrei o fogo com as mãos.
Fui correntes do rio sem fim,
Profundezas do mar
Que o fogo não pode atingir,
Que o fogo não pode queimar.
.
Sou, pois, hoje coração caminhante,
Pousando sobre a relva,
Quando me deixam pousar.
Sobrevoando o céu
Em busca do meu destino,
Ainda por desvendar-se.

sábado, 11 de julho de 2009

Meu Senhor

Dá-nos um tempo novo,
Repleto do Teu amor.
Ensina-nos a aprender,
Mostra-nos a dádiva...
.
Faze-nos ver,
Em cada movimento sobre a Terra,
Um ensejo rumo ao Teu ser.
.
Abra-nos esse mar,
Escancara-o, diante do Teu povo
E dá-nos a Graça de crer
E o Poder de ultrapassá-lo.
..
Sonda a profundeza de cada alma
E ensina-a a escalar as alturas do espaço
E ouvir estrela e pedra
A cantar em harmonia.
.
Desvenda os olhos do mundo,
Ensina-o a colher lírios do vale
E com eles aprender a viver.
.
Meu Senhor,
Ensina-nos a ser árvores do Teu pomar,
Que têm que brotar e florir
para que possa bons frutos dar.
.
Senhor, reafirma-nos,
Desperta tudo o que de bom, em nós,
Repousa dormente.
Insira no nosso ser, a Tua fé
E a Tua ternura.
.
Ensina-nos a estar sós,
Em Tua compreensão.
Conduza-nos ao limiar da nossa mente
E desperta o Amor, em nossos corações.
.
Ensina-nos, Senhor, a plantar a semente
Com ternura,
A colher os frutos com alegria.
.
E caso não haja germinação,
Ensina-nos a refazer o plantio,
Crendo no poder do recomeço
Que sempre Tu colocas em nossas mãos.
.
Dá-nosDá-nos, Senhor,
Cada dia como eternidade,
Cada vida como repouso do Teu olhar,
A dissipar as nossas trevas,
Com a Tua luz.
.
Auxilia-nos a compreender
Quem tu és:
Força e beleza que começa
No mais sagrado e profundo do nosso ser
E que se prolonga, sem fim,
Além de todas as nossas visões.
Senhor, cada dia
.
Meu

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Esperança

Tenho esperança, meu Deus,
De que a Poesia,
Repleta de ressonâncias,
Plena, porém, de significados,
Vencerá.
.
Tenho esprança, meu Deus,
De que a Poesia, brotada
No coração do homem,
Reproduzir-se-á.
.
Germinará e dará frutos,
Doces e eternos frutos,
A consagrar o seu ideal
De verdade, Amor e Paz.
.
Tenho esperança de que o mundo,
Meu Deus...
Transformar-se-á num gigantesco
E eterno poema,
A conquistar todas as almas,
No ecoar do som da Tua voz.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Mandaram lixo para o Brasil


Não me trates assim...

Não conheces nada em mim.

Desconheces minh'alma cantante,

Em Amor, extravasante,

Em solidariedade, gritante,

Em sofrimentos, lutante,

Pura raça de garra e fé.

.

Não me trates assim,

EneNão enebrias o meu Amor,

Com a tua miséria e a tua dor,

Contida num coração que nada diz.

Não queiras bater-me,

Já não apanho mais,

Pequenos pedaços da pequenez humana!

.

Aprendi a ser grande, a ser forte.

Quem me ensinou foi a minha gente
Humilde, mas forte,

Que, verdadeiramente, me ama

E luta por mim.

.

Não preciso de ti.

"Then, I'm sorry, mister,

The trash isn't mine,

Returns it to you.

.

My children don't need your trash,

Children need Love.
.

If you don't have it,

Come here,

And I introduce to you my Love,
My enormous Love.

.

Não


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Igual

Cansei-me de contemplar a escravidão
E quis sair em busca da Liberdade.
Atravessei o tempo, perfurei o espaço.
. .
E E vi o presente dos homens,
Mergulhado no passado,
Afundado em atitudes e estranhas leis.
. .
Sentei-me no vale da Vida
E vi nomes trocados,
Atos (repetidos) disfarçados...
. .
As mesmas dores, os mesmos prantos
A caminharem, como sombras,
Por entre as gerações. .
.
Vi a Esperança correndo,
Perdida, desgastada,
Por entre as sombras da dor.
. .
Vi as lágrimas nos olhos do Tempo
E o martírio de todos os tempos
A quem eu chamo de desamor.
. .
Vi a luz tragando a escuridão
E seres perdidos, inconscientes,
Levantando véus e lutando
Para trazê-la de volta.
.
Vi pássaros voando nos céus
E balas perdidas, velozes, abatendo-os
Sem nenhuma razão.
.
Vi águas límpidas,
Vi pessoas se revoltando
E culpando os seus deuses.
.
E pessoas chorando,
Atormentadas, reclamando
Ou tentando, num último instante,
Aproximar-se do Deus dos deuses.
.
Vi o tempo perdido,
Como tela de televisão.
Vi repetir-se "soluções",
Brotando descaminhos e desilusões,
No coração do povo.
.
Filhos do tempo, senhores da Terra,
Contemplai a renovação
Que, brotada do seio da Natureza,
A cada dia se refaz, se reconstrói.
.
Contemplai!
Ao menos, contemplai!
E vereis para que vale a luta,
Para que se construiu o Universo,
Para que serve a Vida,
Esta prova incontestável do Amor.
As mesmas dores, os mesmos prantos
A caminharem como sombras,
Por entre as gerações


sábado, 4 de julho de 2009

Revelação


Sou um campo espalhado, florido, verdejante, intenso,
Querendo tão somente a vida abrigar.
Canteiro de sonhos e esperanças,
Por onde as almas se erguem, cantam e dançam,
Festejando o rio e o mar.
Sou como vós, abelhas, pousadas, tranquilas
Agitadas, cercadas a trabalhar,
Que derramais o seu mel, no doce afago das mãos,
Enquanto feris aqueles que querem vos machucar.
Sou o grito dos que buscam a vida festejar.
Sou espada fulminante, no ventre da maldade, no coração da falsidade, nas artimanhas do mal.
Sou luz, sou sol...
Sou chuva fina, brisa pequenina,
Saudando os moradores do campo, a labutar.
Sou nuvens douradas, no entardecer, convidando a noite a chegar,
Trazendo sonhos e cantigas, nos corações a derramar.
Sou como o teu coração, poeta, pulsando por entre canções,
Gritando as tuas emoções,
Bradando as tuas indignações,
Revelando as solidões,
Materializando o Amor e a dor, pelo tempo a passar.
Sou como o poeta a cantar, a chorar,
A fixar os olhos da vida sobre o mundo,
Revelando o murmúrio da asas invisíveis, as carências do silêncio
que só ele pode enxergar.
Sou como o coração do poeta,
A perceber a covardia ante as dores do mundo
E a sua coragem em seu canto a revelar-se,
Ante os temores de cada escuridão que, sempre, tem que atravessar.
Sou vencedora das dores, através do canto que canto
E da luz infinda da esperança revelada,
Todas as vezes que o meu canto,
Como manhã florida,radiante manhã,
Vem, em mim, desabrochar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Recordando recordar

Romper, quebrar laços,
Ultrapassar o céu e voar.
Criar asas, brincar com o vento,
Espalhar flores no ar.
.
Desenhar janelas no céu,
Criar passarinhos nas nuvens
E com a luz das estrelas
Embriagar-se.
.
Correr por entre os pingos da chuva,
Virar, criança, revirar,
Apagar o sol com as mãos,
Acender com o fogo do dragão
As estrelas que guardar.
.
Fazer sonhos na parede e
Sob sombras, heróis criar
E depois do cansaço, sono imenso,
Nos braços do meu pai repousar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ORIGEM

Eu venho de tempos remotos,
Onde o mar se fez estrelas
E cada estrela tornou-se rio.
.
Venho de caminhos escondidos,
Veredas circulantes,
Entrecortando sonhos,
Rebuscando verdades...
Alma em céu aberto.
.
Venho de luz e de sol,
Noite e luar.
Venho de campos verdejantes,
De cada relva brotante.
.
Venho de cada bicho,
De cada flor.
Da ânsia de viver,
De ser e de querer.
.
Venho em plena solidão,
Cercada por uma multidão
Que me vê e me ignora.
E venho só, lutando...
Eu venho!