quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Pássaro (M) eu


Pássaro de asas partidas,
Já não consegue voar.
Retoma a força,
No desejo de cantar.
Reconstrói o desejo,
Na vontade de retornar,
Anseia pelo retorno,
na ânsia de ressuscitar
Todos os sonhos esvaecidos,
Todos os encantos vividos,
Todas as alegrias perdidas,
Ao sentir do voo o findar.
.
E, pousado sobre o tempo,
Sem espera, sem lamento,
Sente o cheiro do vento
E aguarda o renascer.
As asas de volta a se abrirem,
O voo, sua vida, retomar,
E, por entre paisagens do céu,
Encontrar em cada som,
Em cada ruído, gritado ao léu,
Os cânticos serenos do seu distante lar.

2 comentários:

  1. Oi querida Lice, encantador poema onde podemos contemplar questões humanas metaforizadas na figura do pássaro, de desejo de liberdade, de plenitude, de amplidão. Muito bonito ! Bj com carinho e obrigada por sua presnça sempre marcante e terna em meus espaços virtuais.

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  2. Ola!
    Andei a ver o seu trabalho... Adoro!
    Escreve muito bem. Os meus parabens*
    Abraço

    Ainoha Leporello

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